Davi era um homem de caráter extraordinário mesmo. Imagine você, um foragido da justiça, com sua cabeça a prêmio, jurado de morte, sendo caçado pela "polícia", tendo que viver escondido em cavernas. Em seu estado de solidão e angústia, incertezas e medos, a morte parece que vem a qualquer momento, de surpresa, sem avisar. Alguém diria: "É Davi, mas antes só do que mal acompanhado!"
Mas parece que Davi não conhecia esse ditado, ou melhor, parece que ele conhecia o ditado ao contrário. Porque foi gente de caráter duvidoso, que ele chamou para conviver e fundou o que hoje nós chamaríamos de "facção criminosa". Eram esses homens de fato criminosos, fugitivos, que deviam mesmo, que estavam à margem de qualquer confiança. Mas Davi assim o fez e passou a chefia-los.
Em nosso "juízo de valor", sempre seremos surpreendidos pelas artimanhas divinas. Baseado nestas histórias, quando eu vou na Casa de Custódia de Araruama, e vejo aqueles homens desacreditados e subjulgados, sempre fico pensando em quanto talento, força e lealdade podem estar sendo disperdiçados ali naquele lugar de desgraça. Davi tinha o seu próprio "Trio Ternura" e eles não eram bandidos, mas sim, heróis!
Eu penso que, como igreja, deveríamos aprender com Deus a arte de valorizar pessoas, amando-as ao ponto de mudar a realidade delas, mudar suas fichas, mudar suas sortes, a ponto de transformarmos 400 criminosos em um exército de homens de honra. E.S.G.
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vc é livre!!!